A casa Chanel é uma das maiores e mais respeitadas marcas de moda do mundo. Fundada por Gabrielle Chanel (1883-1971) foi responsável por grande parte das principais mudanças no vestuário feminino e na moda ocorridas no século XX.
Impossível falar da marca sem falar de sua fundadora, Gabrielle "Coco"
Chanel revolucionou a década de 20, libertando
a mulher dos trajes desconfortáveis e rígidos
do final do século 19. Um verdadeiro mito, Chanel
reproduziu sua própria imagem, a mulher do século
20, independente, bem-sucedida, com personalidade e
estilo.
"Eu criei um
estilo para um mundo inteiro.
Vê-se em todas as lojas "estilo Chanel". Não há
nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo.
Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda." |
Coco Chanel
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Coco iniciou a Casa Chanel em 1909 no piso térreo do apartamento Balsan em Paris vendendo chapéus. A região da Balsan era ponto de encontro dos burgueses e políticos
franceses e suas amadas, uma oportunidade para Coco vender seus famosos
chapéus decorados. Seu estilo simples acabou por encantar as damas parisienses que frequentavam o jóquei clube da cidade. A partir desse momento, Coco Chanel decidiu dedicar-se à
costura.
Seus cortes simples encantaram e, em
1913, antes da Primeira Guerra Mundial, inaugurou, simultaneamente,
duas boutiques de moda, em Deauville (um dos elegantes centros da França
na época) e em Paris. Nesta época ela começou a criar roupas esportivas
femininas, como por exemplo, blusas com golas rolês, inspiradas nas
roupas dos marinheiros, feitas de malha e tricô. Em 1916, quando já
chefiava um exército de 300 funcionários, abriu uma loja de alta costura
em Biarritz e, em 1921, fixou-se definitivamente no mítico n.º 31 da
Rue Cambon, onde a Maison Chanel existe até os dias de hoje. Ainda nesta
época foi ousada ao se tornar a primeira estilista a lançar um perfume
com sua assinatura.
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Perfume mais famoso, era usado por Marilyn Monroe |
Coco costumava dizer que no mundo da
moda havia um excesso de homens que não sabiam como proporcionar o
conforto às mulheres. Foi por isso que o estilo criado por ela
revolucionou o século XX: ao libertar a mulher das faixas e corpetes
apertados em saias cheias de babados, permitiu que se sentissem livres e
poderosas, vestidas de maneira simples e prática. “Não há mulheres feias, há mulheres mal cuidadas”,
costumava dizer. Com essa filosofia, queria atingir o maior número de
mulheres que pudesse através de suas roupas de cortes retos e elegantes.
Não se importava em ser copiada por outros estilistas; o que mais a
alegrava era ver mulheres vestindo suas inovações.
Entre os clássicos da Chanel estão a bolsa com alças
de corrente dourada, o colar de pérolas, o tailleur
e o que ficou conhecido como “Little Black Dress” ou “Pretinho Básico” em português. O LBD foi uma ousadia para época afinal
era uma cor inédita para a alta-costura normalmente atribuída ao luto.
Saindo das festas de gala e dos momentos de luto, se transformaria no
curinga e, de antemão, marcaria o perfil da mulher moderna, preparada
para ser uma profissional e parecer feminina e elegante em qualquer
situação. Utilizado pela primeira vez em 1926, o modelo foi chamado pela
revista Vogue como o “Ford dos vestidos” (uma alusão aos carros da
marca americana que eram produzidos e vendidos em larga escala).
Depois de sua morte, o empresário
francês Jacques Wertheimer, que mantinha proximidade com Coco Chanel
desde 1954, comprou a marca e a manteve sem grandes inovações, lucrando
com a venda de perfumes, cosméticos e acessórios. Seu filho, Alain, fez
disparar as vendas da fragrância Chanel nº 5 ao diminuir sua produção e
retirar o perfume das prateleiras das farmácias, atribuindo-lhe um
conceito de exclusividade, além de investir uma fortuna em publicidade. O
ano de 1983 foi marcado pela chegada de Karl Lagerfeld à empresa como
diretor artístico da marca tanto para a linha de alta-costura quanto
para a de prêt-à-porter. Era o início de uma nova e glamorosa fase para a
marca CHANEL comandada pelo “Kaiser da Moda”, que na época possuía
apenas 19 lojas em todo o mundo.
O estilo clássico criado por mademoiselle Chanel, revitalizado por Lagerfeld, atravessou o século 20 e se tornou atemporal.
Pesquisa: as informações foram retiradas do site oficial da Chanel, Almanaque Folha, Wikipédia e o Mundo das Marcas.
Imagens retiradas do Google.
Beijos,
Ariane